3 problemas de baço em cães

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Anonim

O baço é um órgão muito importante para a defesa do organismo, pois faz parte do seu sistema imunológico. Assim como nos humanos, o baço dos cachorros produz linfócitos, que são as células encarregadas de combater os microorganismos invasores. Assim, o baço dá conta dos principais problemas imunológicos e sanguíneos que acometem os cães.

Devido às funções que desempenha no corpo canino, um mau funcionamento do baço pode levar a complicações graves. Portanto, deve-se ter cuidado ao detectar qualquer anormalidade ou sintomas que revelem uma patologia neste órgão. Continue lendo este espaço e descubra quais são alguns dos problemas de baço comuns em cães.

Para que serve o baço?

O baço está localizado na parede abdominal esquerda e, juntamente com os gânglios linfáticos, é a principal fonte de células imunológicas e tem ação filtrante do sangue:

  • Evita infecções graças à produção de linfócitos, que atuam contra diversos microrganismos patológicos.
  • Filtra o sangue destruindo células velhas e danificadas.
  • Armazena glóbulos vermelhos e plaquetas que estão envolvidos na oxigenação e coagulação do sangue.

Problemas de baço em cães

Os problemas de baço em cães são diversos, mas seu quadro clínico é tão semelhante que é difícil estabelecer um diagnóstico sem levá-los em consideração. Algumas das patologias que este órgão pode apresentar são:

1. Hemangiossarcoma

As doenças mais comuns sofridas pelo baço são linfomas e tumores hemangiossarcomas. O hemangiossarcoma é o tumor mais comum em cães. Os machos são mais propensos a problemas de baço, assim como certas raças, como pastores alemães, golden retrievers, labradores retrievers e boxers. Normalmente afeta cães mais velhos.

Hemangiossarcoma é um tumor maligno que tende a invadir outros tecidos do corpo. A causa exata não é conhecida, mas o prognóstico não é favorável, pois o tratamento visa prolongar ao máximo a vida do animal mantendo o bem-estar.

Hemangiossarcoma pode causar problemas no sangue, como f alta de coagulação. Os sintomas desta doença não são muito específicos, mas geralmente aparecem os seguintes:

  • Inchaço do abdômen. O baço fica inflamado e aumentado (esplenomegalia), inchando a cavidade abdominal.
  • Aumento do tamanho dos gânglios linfáticos. No cão existem linfonodos submandibulares, pré-escapulares, axilares, inguinais e poplíteos. Quando estão inchados, podemos senti-los pelo toque.
  • Anorexia ou perda de apetite.
  • Vômito. O baço ocupa mais espaço e pode pressionar o estômago fazendo com que o animal vomite.
  • Lethargy.
  • Febre.
  • Perda de peso.
  • Hemorragia. O choque hipovolêmico é uma situação de emergência veterinária.
  • Anemia. A anemia pode ser detectada em um exame de sangue.
  • Gengivas pálidas.
  • Diarréia.
  • Desidratação.
  • Distúrbios cardíacos. Pulso normal aumentado ou diminuído.

Se o tumor crescer muito, pode causar a ruptura do baço, causando um colapso agudo no sistema circulatório, com dificuldade para respirar, o que colocará seriamente em risco a vida do cão.

Tratamento de câncer de baço em cães

Diagnóstico e tratamento dependem do tamanho e localização do tumor. Os sintomas também estão relacionados a este último. É fundamental descartar metástases para outros órgãos por meio de exames específicos no veterinário, como radiografias, ultrassonografias abdominais e análise de massas ou biópsias.

O tratamento requer cirurgia para remover o baço. Isso é conhecido como esplenectomia, mas a esplenectomia não cura a doença, embora ajude a retardar o processo.

Quimioterapia combinada com cirurgia é usada para remitir o câncer e prolongar a expectativa de vida. A quimioterapia em cães – e gatos – tem menos efeitos colaterais do que nas pessoas e pode aumentar sua qualidade de vida. O veterinário é quem define o tempo de tratamento quimioterápico recomendado, mas é o proprietário quem decide por quanto tempo prolongar o tratamento.

A sobrevida com a quimioterapia após a cirurgia aumenta em alto percentual a sobrevida, por isso vale a pena continuar o tratamento pelo tempo que o veterinário determinar.

2. Esplenomegalia

O termo "esplenomegalia" é usado para se referir ao aumento do baço, que pode ser causado por diversos fatores. Tal alargamento pode ocorrer de forma focal (um único ponto) ou generalizada. Entre as causas mais comuns da condição estão:

  • Leucemias.
  • Hipertensão.
  • Toxemias.
  • Hematomas.
  • Anestesia.
  • Infecções.
  • Abscessos.

A gravidade de cada caso vai depender das causas do problema. No entanto, são principalmente infecções relativamente fáceis de corrigir. Mesmo assim, é preciso atenção veterinária para descartar problemas crônicos mais graves que coloquem em risco a vida do cachorro.

Como você pode imaginar, um baço aumentado em cães causa uma série de sintomas que afetam também o sistema gastrointestinal. Alguns deles são:

  • Diarréia.
  • Eu vomito.
  • Taquicardia.
  • Dor abdominal.
  • Lethargy.

Tratamento da esplenomegalia

O tratamento da esplenomegalia depende muito do diagnóstico inicial. Em casos leves, são prescritos diferentes antiparasitários, antibióticos e anti-inflamatórios que resolvem progressivamente o problema. No entanto, existem algumas situações graves que podem exigir intervenção de emergência.

3. Torção esplênica

A torção esplênica é uma condição rara e de alta mortalidade causada pela rotação do baço, que causa obstrução no suprimento ou drenagem sanguínea. Essa situação geralmente é causada como efeito secundário da dilatação gástrica.

Este tipo de condição aparece repentinamente e é evidenciado por sintomas como dor intermitente, vômitos, inchaço do abdômen e perda de peso.O diagnóstico pode ser complicado, pois o baço não permanece estável no mesmo local do organismo. Ainda assim, raios-X e ultrassons são as principais ferramentas para detectar a torção esplênica.

Tratamento de torção esplênica

A torção esplênica é um dos problemas mais complexos e delicados que o baço dos cães pode sofrer. Por esse motivo, o único tratamento disponível é a cirurgia para retirar o órgão e estabilizar a saúde do pet (esplenectomia).

Um cachorro pode viver sem baço?

Em certas circunstâncias e dependendo da gravidade do caso, alguns tratamentos devem considerar a realização de uma esplenectomia para salvaguardar o bem-estar do cão. Embora seja verdade que o baço é essencial para as funções de defesa do corpo, com os devidos cuidados é possível que um cão passe bem sem esse órgão.

Claro, para isso o cão deve receber tratamentos imunopotenciadores e todos os aspectos de sua saúde como peso, atividade, alimentação e visitas ao veterinário deverão ser atendidos.Porém, se o problema for causado, como vimos, por um câncer maligno, a retirada do baço não garante a cura da doença.

Ao contrário do que se possa pensar, problemas no baço de cães são relativamente frequentes no meio clínico. Claro que os casos graves são poucos, mas você deve ficar atento a qualquer anormalidade no pet e levá-lo ao veterinário o quanto antes. Um diagnóstico precoce é fundamental para garantir a saúde dos cães.