Criação de capivaras em cativeiro: particularidades –– Meus animais

A capivara é o maior roedor do mundo, chegando a pesar 80 quilos. Distribui-se amplamente pelas planícies sul-americanas, do Panamá à Argentina. Graças à criação de capivaras em cativeiro, esta espécie pode viver até dez anos. E também permite obter qualidades superiores da sua carne e do seu couro.

Até algum tempo atrás, os produtos desse animal vinham de capivaras caçadas ilegalmente. Portanto, a reprodução em cativeiro também ajudou a melhorar sua sobrevivência. Sem falar na diversificação econômica que proporciona ao setor pecuário sul-americano.

Informações gerais sobre a capivara

Também conhecido como capivara, o Hydrochoerus hydrochaeris é um animal sedentário de pelagem castanho-avermelhada. Embora um de seus parentes extintos, o gigante Protohydrochoerus, tivesse hábitos de corrida, a capivara é lenta e desajeitada. Ele também não consegue regular a temperatura corporal e pode sofrer choque térmico após correr muito.

Ele é, por outro lado, um nadador habilidoso e costuma passar várias horas na água. Além disso, ele nunca a abandona, pois precisa dela para tomar banho e beber, ou como refúgio. Um sinal de sua adaptação ao meio aquático é a dobra que fecha o canal auditivo quando o animal submerge. As pernas também são adaptadas para nadar, com uma espessa membrana interdigital que facilita o movimento.

A posição alta do focinho facilita a natação com apenas o focinho para fora, embora também seja capaz de ficar submerso.

Capivara criando em cativeiro

A seguir falaremos sobre algumas das principais necessidades da criação de capivaras em cativeiro.

Comida

A adaptação única da capivara à água torna necessária a inclusão de peixes em sua dieta. Mas fora isso é quase exclusivamente herbívoro. E embora possa se alimentar de plantas aquáticas, prefere as gramíneas da beira do rio, com rebentos minúsculos e tenros. Também tende a roer a casca das árvores, para o que está equipado com poderosos incisivos como outros roedores.

Alfândega

Durante o dia, a capivara vai preferir deitar entre as plantas aquáticas ou pastar na grama ao redor. Por volta do meio-dia, quando o calor aumenta, você mergulhará na piscina para regular sua temperatura e combater possíveis insetos. E no meio da tarde, e até altas horas da noite, é quando ele se dedicará a comer a sério.

Embora em ambientes tranquilos possa ser visto ativo durante o dia, é um animal de hábitos crepusculares e noturnos.

Namoro aquático, uma das principais características da criação de capivaras em cativeiro

Já vimos como é fundamental que a criação de capivaras tenha instalações aquáticas. Mas se você também quer que eles se reproduzam, a importância é ainda maior.

Quando o macho começa a perseguir a fêmea, significa que o namoro começa. Ela despreocupadamente guia seu parceiro até a água, onde os dois se banham. A fêmea mergulha várias vezes, desaparecendo da superfície e afastando-se do macho, que volta a procurá-la. E quando a conquista termina, na área mais rasa, ocorre a cópula. O acasalamento é breve, apenas alguns segundos. O macho e a fêmea então nadam juntos, repetindo o processo várias vezes.

Na natureza não é incomum que vários casais copulem ao mesmo tempo e na mesma pequena lagoa, produzindo trocas de parceiros.

Gestação

Depois de uma gestação relativamente longa, os filhotes nascem em estado de desenvolvimento avançado. De fato, após dez dias de vida, eles já conseguem andar seguindo a mãe.

Na natureza, a fêmea amamenta os filhotes até os quatro meses de idade. Em produção, recomenda-se um desmame precoce, por volta dos dois meses.

Dadas essas necessidades, em cativeiro será necessário dotar os rebanhos de instalações com duas áreas distintas: uma para reprodução, com área coberta e o respectivo tanque para cópula, e outra para parição.

Viver em grupo

De hábitos gregários, a capivara vive em rebanhos sedentários formados por indivíduos de ambos os sexos e idades diversas.

Cada rebanho constitui uma sociedade fechada, com uma organização hierárquica bem assimilada por seus componentes. O número de indivíduos em cada rebanho é variável. No Parque Nacional El Palmar, na Argentina, já foram observados grupos de vinte a sessenta integrantes.

Nota final: valorização da espécie

Tanto por sua carne extraordinária quanto por seu couro delicado, a capivara pode ser considerada uma significativa espécie produtiva.

A carne desta espécie é magra, com menor teor de gordura e colesterol, e de boa qualidade. Portanto, é um recurso importante para milhões de pessoas entre a população rural da maior parte da América Latina. Para além das suas utilizações tradicionais, esta carne presta-se bem à confecção de enchidos e conservas.

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