Um grupo de primatas atinge a idade da pedra

Uma espécie de macaco do Novo Mundo foi exaustivamente estudada por vários anos. O que pode ter em particular? Bem, parece que esses primatas atingem a idade da pedra. Observações diretas mostram que esses animais estão entrando em uma era semelhante ao estágio lítico, em que os humanos começaram a usar ferramentas.

A variedade de usos que esses macacos dão às diferentes pedras, além da seleção meticulosa que fazem, pode ter uma grande semelhança com o processo pelo qual nossos ancestrais pré-históricos passaram. Essa descoberta pode ser um marco no estudo da evolução humana, bem como mais um motivo para respeitar os animais.

Primatas que usam ferramentas

O macaco assobiadorSapajus libidinosus) foi descrito como uma espécie no século 19, por Johann Baptist von Spix, um aventureiro alemão que morreu apenas três anos após sua descoberta. Embora esta espécie de macaco-prego seja conhecida há muitos anos, não foi até o início deste século que Foi demonstrado que algumas de suas populações usam ferramentas para diferentes fins.

Os cientistas que estão estudando esse comportamento específico estão muito surpresos. O uso de ferramentas não se estende a toda a espécie, mas para alguns grupos de primatas que vivem no Parque Nacional Serra de Capivara, localizada a nordeste do Brasil.

Esses grupos de primatas vêm usando ferramentas há pelo menos 700 anos e isso é demonstrado pelos registros fósseis e outros estudos biogeográficos. Os macacos-prego criam locais altamente reconhecíveis para o uso de suas ferramentas.

Especificamente, os primatas carregam seus utensílios até a base das árvores que produzem a castanha de caju, colocam as nozes em uma bigorna portátil - que eles próprios selecionam e transportam - e abrem com outra pedra.

O consumo de cajus por nossa espécie começou no ano 7.000 aC, mas esses primeiros humanos não usavam pedras para abri-los, mas sim cozinhá-los para extrair as substâncias tóxicas. Essas substâncias não parecem causar nenhum dano aos cappuccinos.

Comportamento inato ou adquirido?

Como vimos, o uso de ferramentas por esses primatas, os únicos a usá-las no continente americano, já existe há séculos. Como esse comportamento pode surgir? Eles aprenderam ou alguma mutação causou mudanças no cérebro e levou a um comportamento inato?

O processo pelo qual esses macacos tiveram que passar para começar a usar as ferramentas tinha que ser semelhante ao dos humanos. O surgimento de novas conexões neurais ofereceu aos macacos a capacidade de usar ferramentas e até mesmo aperfeiçoar seu manuseio ao longo do tempo.

Hoje, observa-se que são os machos machos adultos que ensinam os jovens a selecionar e usar as ferramentas. Esse processo de aprendizado pode levar vários anos.

Jogue pedras para encontrar o amor

Na natureza, esta espécie de macaco-prego pode atirar pedras ou gravetos para representar uma ameaça a indivíduos da mesma espécie ou de outra. Além disso, as macacas-prego exibem uma infinidade de expressões faciais, corporais e lúdicas quando estão no cio.

Embora os machos sejam os únicos que parecem usar pedras para abrir a castanha de caju, as fêmeas o fazem com outro propósito. Nestes grupos de primatas que atingem a idade da pedra, As fêmeas jogam pedras nos machos como parte de um jogo quando eles estão no cio.

Estabelecer esse comportamento como uma tradição comportamental é quase como dizer que esses animais têm uma cultura própria.

O futuro dos primatas que alcançam a idade da pedra

Os cientistas que estudam esses animais ficam constantemente surpresos com o fato de que apenas nesses grupos de pregos esses comportamentos ocorrem e no restante das espécies eles não. O que há de especial nessas populações?

Para obter uma resposta, ainda há muitos anos de pesquisa e observação, da mesma forma que ainda nos levará a saber por que outros primatas também começaram a usar ferramentas.

Na África, três sociedades de chimpanzés vêm usando e refinando ferramentas há mais de 4.000 anos. O fato de que os macacos agora foram descobertos no novo mundo usando pedras para certos fins sugere a existência de um processo evolutivo comparável ao do ser humano.

Isso significa que dentro de alguns milhares de anos a inteligência dos primatas não humanos será semelhante à das pessoas? Quem sabe? A questão é que ainda há muito a descobrir.

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