Entre 2 e 15% da população felina do mundo vai contrair esta doença em algum momento de sua vida e, em muitas ocasiões, sem que seus donos soubessem.
Conheça as causas e sintomas de um doença transmissível, que pode ser fatal, é fundamental para garantir sua prevenção e tratamento.
O retrovírus da leucemia felina
Um retrovírus é composto de RNA de fita simples. Este vírus se replica graças à ação de uma enzima chamada transcriptase reversa, que permite a conversão de RNA em DNA para sua subsequente introdução no DNA da célula hospedeirad. Uma vez implantado, o vírus pode se multiplicar.
A principal forma de contágio do vírus da leucemia felina é o contato com fluidos corporais de outro gato infectado. Se um gato morde outro, ou entra em contato com sua saliva, urina ou fezes, o contágio é imediato. A mãe também infecta seus filhotes por meio do leite materno.
Os gatos com maior risco de infecção são aqueles expostos à influência de outras pessoas infectadas. Este caso é bastante comum em felinos que fogem de casa e convivem com outros gatos vadios, ou simplesmente em lares onde vivem juntos animais que ainda não foram diagnosticados.
Sintomas principais
A doença começa a se manifestar meses e até anos após contrair a infecção, por isso é comum que os proprietários não percebam até que seja tarde demais ou até que o infectado tenha infectado mais animais. Durante suas fases iniciais, os seguintes sintomas podem ser observados:
- Perda de apetite
- Perda de peso progressiva
- Linfonodos maiores
- Casaco opaco e sem pelos
- Febre persistente
- Gengivas pálidas e membranas mucosas
- Gengivite ou inflamação das gengivas, bem como gastroenterite
- Infecções no trato urinário, pele e trato respiratório superior
- Convulsões, alterações comportamentais e outros distúrbios neurológicos
- Doenças oculares
- Aborto espontâneo e outros problemas do sistema reprodutivo
Diagnóstico
Para seu diagnóstico, os veterinários costumam realizar duas análises analíticass que detectam a presença de um componente proteico do vírus denominado FeLV P27.
O primeiro, denominado ELISA, costuma ser usado como o primeiro teste de triagem.Uma localização precoce anda de mãos dadas com check-ups regulares no veterinário.
Se o primeiro teste for positivo, é realizada a segunda análise, denominada IFA, que confirma o diagnóstico e determina o estágio da doença. Este último teste detecta a presença de partículas virais nos linfócitos, o que geralmente ocorre quando a doença está em estágio avançado.
Tratamento e prevenção
Hoje, não há cura definitiva. Certas terapias são conhecidas por serem bem-sucedidas na redução da quantidade de partículas virais na corrente sanguínea.No entanto, como costuma acontecer com os principais tratamentos contra o câncer, seus efeitos colaterais podem ser devastadores..
A única forma de garantir o bem-estar do nosso gato é solicitando cuidados paliativos ao veterinário para neutralizar os sintomas da doença, caso contraia, ou preveni-la se estiver saudável. Uma maneira de conseguir isso é manter o gato protegido dentro de casa, onde não corra o risco de entrar em contato com animais infectados.
Existe uma vacina relativamente eficaz, mas não uma definitiva, o que pode tranquilizar os proprietários que sabem com antecedência que há espécimes infectados nas proximidades. Devemos ter em mente, porém, que não é comum encontrar gatos vacinados, portanto, evitar a exposição precoce é fundamental.