A saúde pública é um dos temas mais importantes da agenda internacional hoje. Y Impossível pensar em políticas públicas de saúde humana alheias ao efetivo controle e promoção da saúde animal..
A seguir, falaremos sobre a relação entre saúde animal e saúde pública, para a qual nos concentraremos em a importância da erradicação de doenças zoonóticas.
A delicada relação entre saúde animal e saúde pública
A relação entre o homem e o animal é complexa e se desenvolveu em diferentes áreas ao longo da história da humanidade. Dificilmente teríamos alcançado um estágio tão avançado de desenvolvimento tecnológico, econômico e social se não fosse pela habilidade de domesticar ou domar diferentes espécies, como cães, cavalos, vacas, porcos, coelhos, etc.
No entanto, a convivência com os animais e a exploração de suas capacidades físicas e cognitivas para a sobrevivência humana também implica grandes desafios para a saúde pública.
Na prática, um dos principais ‘desafios’ nesta área é o controle de zoonoses que podem afetar a saúde humana, ameaçar a sobrevivência de inúmeras espécies e poluir o meio ambiente.
Quando falamos sobre saúde animal, estamos nos referindo principalmente à necessidade de garantir a integridade dos animais que produzem alimentos para consumo humano. Por exemplo, mantenha o gado em boas condições de saúde para evitar a contaminação da carne, leite e seus derivados que serão usados na alimentação humana.
Fonte: https://www.revistaalimentaria.esA erradicação de doenças zoonóticas é muito complexa, pois é preciso considerar os riscos de contágio direto e indireto envolvendo diversos patógenos, alguns deles potencialmente letais.
Essas ações de controle de doenças devem levar em conta que muitos produtos de origem animal são exportados. Portanto, a contaminação pode significar a disseminação global de certas patologias.
O que são zoonoses e por que representam um desafio para a saúde pública?
Para entender melhor a importância da saúde animal para a saúde pública, vamos entender o que são zoonoses. Doenças zoonóticas são aquelas patologias e infecções que os animais vertebrados podem transmitir aos humanos.
O contágio dessas zoonoses pode ocorrer de forma direta ou indireta. Quando uma pessoa tem contato direto, ou por inalação, com o sangue ou fluidos de um animal infectado, é considerado contágio direto.
No caso do gado, por exemplo, humanos podem ser infectados pelo consumo de carne contaminada, especialmente se você comê-lo cru ou mal cozido.
No entanto, as fezes, secreções e fluidos de um animal infectado também podem contaminar o solo, a água, as plantações e outros tipos de matéria orgânica ou vegetal. Quando uma pessoa tem contato direto, ingere ou inala essa matéria orgânica contaminada, ela pode adquirir uma zoonose por contágio indireto.
O que mais, outro tipo de transmissão indireta de zoonoses ocorre por meio de animais que atuam como vetores, principalmente insetos, como mosquitos e moscas, e ectoparasitas, como carrapatos, pulgas e ácaros.
Por exemplo, se um mosquito picar um animal infectado e depois picar um ser humano, ele pode transmitir os patógenos que se alojam em sua saliva.
Por que o controle das zoonoses é essencial para a saúde pública?
Obviamente, a saúde pública deve ir além da saúde animal, já que muitas patologias comuns em humanos não estão relacionadas a outras espécies. No entanto, a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) estima que 60% dos patógenos que afetam as pessoas são de origem animal.
Além disso, a cada ano cerca de cinco doenças emergentes aparecem em animais, principalmente naqueles cuja criação se destina ao consumo humano. E aproximadamente 75% das doenças emergentes em animais podem ser transmitidas aos humanos.
Embora a interpretação desses números seja muito mais complexa, é mais do que claro que a saúde animal é essencial para a saúde pública. Isso está refletido na Lei de 2003.
A saúde animal também colabora na prevenção da poluição ambiental, especialmente solo para plantações e massas de água doce que são usadas para plantações e consumo humano. Outro aspecto em que auxilia é no controle da disseminação de pragas e vetores que podem ameaçar a saúde pública, como ratos, mosquitos e parasitas externos.