Falamos de produções animais alternativas quando nos referimos a setores de menor importância relativa a nível econômico. A helicultura e a apicultura são exemplos perfeitos disso.
A palavra helicultura vem do latim «hélice»(Nome específico do caracol) e«Vou cultivar"(Cultivo). Ou seja, é a criação de caramujos terrestres comestíveis em condições controladas, geralmente para fins comestíveis. O mesmo para a apicultura, significando «apis», Neste caso, abelha.
A ideia do negócio é aproveitar sua carne no caso dos caramujos e seus produtos derivados, no caso das abelhas. Com isso, é possível diversificar a economia no meio rural, criando novas formas de emprego agrícola. Ou seja, embora sua importância econômica ainda não seja elevada, seu componente social é.
Helicultura, uma das alternativas de produção animal com maior expectativa
Os caracóis são considerados hoje um luxo na gastronomia. Daí o atual desenvolvimento da helicultura como mais uma forma de produção animal reconhecida internacionalmente. Portanto, existem infinitas variedades de sistemas de reprodução.
Uma das espécies mais consumidas na Península Ibérica é conhecida como «blanquilla» (Theba Pisana ), mas em todo o mundo existem várias espécies comestíveis e comercializáveis. Por exemplo Helix aspersa, o típico "escaravelho" Francês.

Generalidades dos modelos de produção
A criação ao ar livre ou extensiva pode ser:
- Verdadeiro: isso significa que o caracol é mantido nos campos desde o nascimento até o abate. É também conhecido como criação de ciclo completo. Geralmente é feito em estufas para controlar as inclemências do tempo, criando um ambiente o mais natural possível.
- Parcial: neste caso são criados caracóis introduzidos da natureza. Este é um problema porque a captura em massa de caracóis selvagens põe em perigo a conservação da biodiversidade. Também representa um risco para os consumidores, uma vez que esses gastrópodes não terão passado por todos os controles de saúde relevantes.
A criação mista, por sua vez, é considerada o modelo ideal, combinando aspectos de criação extensiva e caipira.. Nele, um espaço aberto e um espaço fechado são necessários. Possui um galpão isolado e fechado para reprodução, incubação e a primeira parte da criação e depois alguns túneis de estufa ao ar livre para a última parte e engorda.
Apicultura, uma das mais importantes alternativas de produção animal para o meio ambiente
Manter colmeias em áreas rurais é uma ótima maneira de ajudar a proteger a biodiversidade. Isso se deve ao grande trabalho que as abelhas fazem na polinização do meio ambiente. Além disso, é uma produção minimamente poluente, considerada um porta-estandarte de sustentabilidade..
O objetivo final da apicultura é criar abelhas para aproveitar, entre outras coisas, o mel, um produto de excelente qualidade nutricional.
História da apicultura
Embora o principal produto comercializado com essa produção animal seja o mel, existem muitos outros. Por exemplo, a cera de abelha é usada desde a idade da pedra, mas também se destaca pela obtenção de pólen, própolis, geléia real e até veneno.
Falando da origem histórica da apicultura, Já no Mesolítico há cenas de coleta de mel. Isso aconteceu cerca de dez mil anos antes de Cristo, pois existem pinturas neolíticas que retratam o início do controle dos enxames.
Em geral, as histórias das sociedades mais avançadas de cada época contam histórias sobre a exploração das abelhas e seus produtos.
A apicultura é considerada como tendo atingido seu pico quando o mel era o único elemento conhecido por adoçar os alimentos. Ou seja, até o que se conhece como a "descoberta" da América e da plantação de açúcar. Porém, depois disso, sua prática não foi interrompida em nenhum momento.

O problema atual das produções alternativas de animais
Um dos principais problemas a resolver em qualquer pecuária é a área sanitária. As doenças infecciosas podem matar uma fazenda em questão de dias, sem dar ao proprietário tempo para fazer nada a respeito.
A dificuldade dessas produções alternativas é que, por se tratarem de produções minoritárias, existem poucas pesquisas em saúde a esse respeito.
Isso deixa poucas opções para os pequenos produtores que estão engajados nessas atividades e que buscam competir no mercado. Não sendo capazes de controlar as doenças de seus animais, eles não conseguem acompanhar outros setores. Fala-se, por exemplo, da falta de medicamentos específicos para caramujos e abelhas. A única forma de melhorar essa situação é investindo em P + D + i (pesquisa e desenvolvimento).
Porque não esqueçamos que, embora não sejam produções economicamente essenciais, são do ponto de vista social e ambiental, portanto, devem ser protegidas a todo custo.