Os animais de companhia evoluíram muito como setor nos últimos anos. Isso não se aplica apenas à medicina veterinária, mas como parte da sociedade, pois acompanham o ser humano e fazem parte do seu bem-estar diário. No entanto, seu desenvolvimento econômico traz consigo problemas de cuidado animal associados à f alta de posse responsável.
A nível global, não existe regulamentação específica sobre o bem-estar dos animais de companhia. Portanto, é necessário que os países comecem a trabalhar para regular esse setor. É aqui que os poderes públicos devem entrar para desenvolver estratégias regulatórias e apoiar a propriedade responsável.
A importância do trabalho administrativo na posse responsável de animais de estimação
As administrações responsáveis pela agricultura e pecuária de cada país tendem a dedicar grandes esforços a este tipo de finalidade. Por exemplo, propondo atos legislativos que normalizem o comércio e a posse responsável de cães e gatos. Acima de tudo, considerando que são os 2 animais de estimação mais comuns na cultura ocidental.
Graças a este tipo de iniciativa é possível responder à crescente preocupação pública pelo bem-estar e proteção dos animais de companhia.
Esses projetos de lei nem sempre se concretizam, pois não contam com o apoio do legislativo. De qualquer forma, pelo menos conseguem sensibilizar e iniciar um debate. Isso pode terminar sem regra, mas com outros tipos de ações não legislativas que também são úteis.
Um claro exemplo disso foi a ratificação da Convenção Européia para a Proteção dos Animais de Companhia por vários países europeus. O fato de haver consenso no nível estadual permite que esses governos desenvolvam e coordenem ações nesse campo.
É o caso do desenvolvimento de campanhas de posse responsável de animais de estimação, para conscientizar os donos.
Pedra fundamental das campanhas realizadas pela Administração Pública
Existem 2 aspectos principais que valorizam a relevância dessas campanhas e que atuam como sua pedra angular. Estes são os seguintes:
- Por um lado, incluem não só a posse do animal, mas também as etapas anteriores a ela. Ou seja, procuram incutir responsabilidade no cidadão, mesmo antes de adquirir um animal de estimação.
- Por outro lado, reforçam a ideia do veterinário como pessoa de referência para qualquer dúvida ou problema que possa surgir.
Qual deve ser o conteúdo de uma campanha sobre posse responsável de animais de estimação?
Em primeiro lugar, as campanhas devem estabelecer um objetivo geral. Será sempre no sentido de promover uma mudança de atitude na relação das pessoas com os animais de companhia, que só será possível através do conhecimento e aplicação dos princípios básicos da guarda responsável. Alguns são os seguintes:
- O principal é refletir se deve ou não ter um animal de estimação. Acolher um animal de estimação acarreta uma série de benefícios para o dono, isso é mais do que comprovado, mas também acarreta uma grande responsabilidade. Às vezes, por mais que nos pese, o mais responsável é não ter animais.
- É importante escolher o animal de estimação que se adapta às necessidades, circunstâncias e estilo de vida do tutor.Você deve selecionar um animal cujo cuidado seja compatível com o tempo que você pode dedicar a ele. Uma vez escolhida a espécie, aspectos como tamanho, temperamento ou mesmo a idade do ser vivo devem ser levados em consideração.
- O melhor a fazer é comprar um animal de estimação em um site cadastrado, pois isso garante o bem-estar dele e de sua prole. Comprar um animal em local que não esteja de acordo com a legislação vigente pode significar colaborar com o tráfico ilegal de animais.
- É preciso conhecer as necessidades da espécie: alimentação, moradia, educação e saúde, acima de tudo.
- Por fim, é preciso conhecer e respeitar as regras de convivência em sociedade. A posse responsável é um conceito que vai além da relação entre o dono e seu animal de estimação, pois ambos fazem parte de uma sociedade. É por isso que você deve levar em consideração as regras da comunidade em que vive.
A importância da posse responsável de animais de estimação
Podemos concluir que a participação administrativa na conscientização da população é fundamental para qualquer melhoria. O desenvolvimento destas campanhas representa um divisor de águas em termos de bem-estar e cuidados com os animais de companhia, mesmo antes de os adquirir, trabalhando para que a sua obtenção seja, no mínimo, legal.
No entanto, como todas as campanhas de sensibilização que promovem uma mudança de atitude na sociedade, têm um efeito limitado se não forem constantes.
Por isso, para que o objetivo básico seja alcançado, é necessária a colaboração da Administração e dos cidadãos. Ambas as partes, se se comprometerem com a posse responsável de animais de estimação, podem fazer mudanças reais. Isso se refletirá nesta geração, mas, sobretudo, nas que virão.