13 tipos de cobras na Espanha

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Anonim

Os répteis são um dos grupos taxonômicos mais curiosos e peculiares que existem, já que a aparência de alguns de seus membros lembra muito os míticos dinossauros. Esses organismos são compostos por vários subgrupos, dos quais um dos mais abundantes e diversos é o das cobras, pois contém diferentes tipos de víboras, pitões, jibóias e cobras.

Os vários tipos de cobras existentes compõem uma das maiores famílias de cobras conhecidas. Eles podem ser encontrados em quase todos os continentes, com exceção lógica da Antártica. A seguir veremos os tipos de cobras que habitam a Espanha.

Existe diferença entre cobras e cobras?

Cobras e cobras não são exatamente iguais. Quando falamos de cobras (Serpentes) nos referimos a uma subordem específica dentro do grupo dos répteis. Estes últimos compreendem um grande número de animais, como as próprias cobras, crocodilos, lagartos, tartarugas, etc.

Na subordem das serpentes encontramos várias famílias, entre as quais podemos destacar as seguintes:

  • Elapids (Elapidae): cobras marinhas, cobras, mambas e cobras corais.
  • Boids (Boidae): boas.
  • Pythonids (Pythonidae): pythons.
  • Viperídeos (Viperidae): cascavéis e víboras.
  • Colubrids (Colubridae): cobras.

Quantos tipos de cobras existem?

Quando falamos em animais silvestres, fica muito difícil precisar o número de membros de cada família, gênero ou subgênero. Atualmente, estima-se que existam mais de 1.800 tipos de cobras, que se distribuem pelo mundo.

A maioria das cobras são cobras de tamanho médio, inofensivas e um tanto tímidas. Porém, algumas espécies, como as dos gêneros Thelotornis e Boiga, possuem um veneno que pode causar ferimentos consideráveis e até fatais.

Tipos de cobras na Espanha

A Península Ibérica destaca-se no continente europeu pela sua grande biodiversidade ofidiana. Das 45 espécies de cobras que habitam a Europa, 19 delas estão na Espanha. Isso inclui os 13 tipos de cobras a seguir:

1. Cobra viperina (Natrix maura)

A cobra viperina –imagem que encabeça este artigo– é uma das cobras aquáticas mais famosas do continente europeu. Podem ser encontrados não só em Espanha, mas também em Portugal, Itália, França, Suíça e Norte de África. Eles vivem principalmente em lagoas e lagoas, onde podem se alimentar facilmente de anfíbios e peixes.

São cobras de porte médio, que costumam medir entre 60 e 80 centímetros de comprimento total. Existem variedades de cores diferentes: as mais comuns são o preto melânico e o bilineado, com uma dupla linha dorsal que 'enfeita' todo o corpo.

2. Cobra da escada (Zamenis scalaris)

São maiores e mais robustos que os anteriores, e seu corpo pode ultrapassar 1,5 metros de comprimento. É considerada a cobra mais urbana da Espanha, já que pode viver em parques, lixões e casas abandonadas. As escadas adultas destacam-se pelas intensas cores avermelhadas e marrons, e pelas linhas pretas que percorrem suas costas.

3. Cobra lisa do sul (Coronella girondica)

Eles são fáceis de reconhecer pela notável mancha em forma de 'U' e coloração preta em suas cabeças. Além disso, costumam ser menores que os outros tipos de cobras da Espanha. Eles vivem principalmente em florestas e cerrados, mas também podem ser encontrados em plantações.

4. Cobra lisa europeia (Coronella austriaca)

Está entre os tipos de cobras mais raros do continente europeu, pois vive apenas nas montanhas com vegetação abundante. É totalmente inofensivo apesar de possuir veneno, pois seus dentes não permitem que seja inoculado em outros animais.

5. Cobra bastarda ou Montpellier (Malpolon monspessulanus)

É a maior cobra que podemos encontrar na Europa, com um corpo de até 2,5 metros de comprimento; Também se destaca por sua notável beleza e intenso caráter agressivo. Embora tenham veneno e possam inoculá-lo, é muito raro que ataquem, mas a prevenção é sempre essencial.

6. Cobra-ferradura (Hemorrhois hippocrepis)

Devem seu nome às peculiares manchas escuras que cobrem suas costas, com formato muito semelhante ao de uma ferradura. Eles vivem principalmente em matagais e florestas secas, em toda a metade sul da Europa e também no norte da África.

7. Hood Snake (Macroprotodon brevis)

São pequenas cobras que costumam ser facilmente reconhecidas pelo focinho curto e cabeça visivelmente deprimida. Uma curiosidade dessa espécie é que ela pode se 'fingir de morta' para enganar potenciais predadores.

8. Cobra verde-amarela (Hierophis viridiflavus)

Seu nome expressa as cores marcantes e belas que seu corpo assume na idade adulta. Essas cobras são mais numerosas nos outros países mediterrâneos, como Grécia e Itália, mas habitam os Pirineus espanhóis.

9. Cobra esculápia (Zamenis longissimus)

É uma cobra bastante conhecida, pois acompanhou historicamente o deus grego da medicina, Asclépio (ou Esculápio). No entanto, a sua distribuição é muito limitada em todo o continente europeu. São cobras grandes, que podem atingir dois metros de comprimento, de cor marrom, marrom ou oliva.

10. Cobra Coleira Mediterrânea (Natrix astreptophora)

Esta cobra é caracterizada por ter uma faixa branca e uma preta em forma de colar, embora esta última geralmente desapareça em espécimes adultos.Por outro lado, seu corpo apresenta uma coloração verde oliva ou marrom com várias manchas pretas. Além disso, não possui veneno, mas secreta uma substância malcheirosa através de sua cloaca como forma de defesa.

11. Cobra encapuzada argelina (Macroprotodon cucullatus)

A cobra capuchinha argelina é uma das menores cobras da Espanha, com um tamanho médio de 329 milímetros de comprimento. Apresenta coloração corporal escura com tons marrons, mas sua cabeça contrasta com uma faixa preta que cobre todo o crânio e linhas pálidas nas laterais. Embora sejam originários da Argélia, vários espécimes foram introduzidos nas Ilhas Baleares.

12. California King Snake (Lampropeltis californiae)

Como o próprio nome sugere, esta espécie é nativa da América do Norte, mas invadiu várias ilhas do Mediterrâneo, como as Ilhas Canárias e as Ilhas Baleares. Tem padrões de cores bastante diversos. No entanto, vários espécimes albinos foram capturados em Gran Canaria.

13. Collared Snake (Natrix natrix)

A olho nu, podem parecer muito semelhantes à cobra de colarinho mediterrâneo, mas se diferenciam pelos hábitos, pela cor da íris (amarela) e pelo número de escamas ventrais. De facto, em Espanha parecem estar restritas à zona do Vale de Aran, pelo que não é comum encontrar estas cobras.

Problemas com classificação

De acordo com algumas análises moleculares, existem certos problemas filogenéticos com a classificação de cobras (Colubridae). Isso significa que, no futuro, os exemplares acima podem não pertencer a esta família, mesmo que apresentem características típicas de cobras.

Na verdade, a cobra bastarda já foi retirada dessa família e atualmente está classificada no grupo Lamprophiidae. No entanto, ainda f altam estudos para determinar qual será o futuro taxonômico das cobras em geral.Claro que, apesar de mudarem de nome científico ou serem reclassificadas em outros grupos, não é necessário deixar de chamá-las de “cobras”.