O koel é uma ave muito comum no sul da Ásia e na Austrália, conhecida pelo canto distinto do qual deriva seu nome (uma mistura entre kik-kik-kik e ko-ooo, dependendo do sexo e da população). Embora seja um pouco difícil de identificar, ele é instantaneamente reconhecível assim que canta.
Além disso, seu estilo de reprodução é um dos mais famosos nas terras onde vive, pois parasita os ninhos de outras aves. Por isso, neste espaço você encontrará um registro completo de sua biologia, já que esta ave de olhos vermelhos merece muita atenção. Se sua curiosidade despertou você, não pare de ler, você vai se surpreender.
Taxonomia e características
O koel, cujo nome científico é Eudynamys scolopaceus, é uma ave da ordem dos cuculiformes, que também inclui aves como o cuco (Cuculus canorus). As aves desta ordem caracterizam-se pelo bico curvo e alongado, canto e hábito de parasitar ninhos.
O koel pertence à família Cuculidae e ao gênero Eudynamys.
O aparecimento desta ave marca muito bem o dimorfismo sexual. Os machos são completamente pretos, exceto por algumas marcas brancas na borda das asas, com bico bege e olhos vermelhos profundos. A fêmea, por sua vez, apresenta plumagem marrom escura salpicada de branco, com cauda listrada.
São aves de médio porte, podendo atingir 40 centímetros de comprimento e mais de 300 gramas de peso. Os espécimes jovens têm uma plumagem mais parecida com a do macho, mas mudará para sua cor final com a primeira muda quando adulto.
Koel Habitat
Durante as partes mais frias do ano, o koel reside no sul da Ásia, em países como Irã, Paquistão, Índia, Bangladesh e Sri Lanka, bem como no sul da China. Na primavera, muitos desses pássaros migram para a Austrália para se reproduzir. É neste período que mais se ouvem, tanto os adultos chamando para encontrar um companheiro quanto os jovens pedindo comida.
São aves muito comuns em áreas suburbanas e florestas com árvores altas. É fácil vê-los em plantações e bosques leves, onde encontram alimento abundante e habitam outras aves de tamanho semelhante a eles, que podem parasitar durante a época de reprodução.
Comida
O koel é uma ave onívora que inclui frutas e pequenos animais em sua dieta. Seu bico tem grande capacidade de abertura, por isso são capazes de consumir algumas frutas inteiras, além de ovos de aves. Embora quando filhotes tenham uma dieta principalmente insetívora, na fase adulta se alimentam de frutas.
Koel é um importante agente dispersor de sementes de sândalo (Santalum album), pois regurgitam as sementes de seus frutos perto ou defecam longe.
comportamento Koel
Esta ave é diurna e solitária. Ele só procura outros de sua espécie para procriar durante a primavera, época em que alguns espécimes migram para a Austrália.
Provavelmente, seu comportamento mais estudado é o reprodutivo. Como já foi dito, são aves que parasitam os ninhos de outras espécies para aí depositarem os seus ovos e que os hospedeiros é que os criam.
Reprodução
A fêmea costuma botar, no máximo, 2 ovos no ninho do hospedeiro. Os filhotes, ao contrário de outras espécies da família dos cucos, não expulsam seus irmãos hospedeiros do ninho, mas vivem com eles.A mãe biológica também se aproxima de vez em quando para trazer comida para seus próprios filhotes, o que também é um comportamento incomum, embora eles possam pegar os ovos do hospedeiro para botar os seus.
Dependendo da área em que vive, o koel ocupará ninhos de diferentes espécies de tamanho semelhante, como corvos, papagaios-do-mar ou papagaios-do-mar.
Os filhotes passam em média 35 dias no ninho antes de emplumarem e voarem pela primeira vez. A época de reprodução ocorre de setembro a março, período em que o filhote cresce até o dobro do tamanho. Se nascer em um ninho de espécie menor, o trabalho dos pais adotivos será muito desgastante para eles, pois a demanda por alimento será muito maior.
Estado de Conservação

Esta ave está atualmente listada como Menos Preocupante (LC) pela IUCN. No entanto, sua população é considerada estável porque não há muitos dados sobre eles.
Esta é uma ave que, por um tempo, foi capturada de seu ambiente natural para ser engaiolada como animal de estimação, principalmente na Índia. A espécie também é traficada internacionalmente como ave ornamental e consumida localmente como alimento. Recentemente, um estudo identificou várias causas de mortalidade nas populações, como aerossculite, aspergilose, psitacose ou miocardite.
Apesar de terem sido protegidas áreas específicas onde se sabe que se reproduzem e se alimentam, ainda há muito trabalho a ser feito com o koel, principalmente em termos de estudo. Portanto, continuemos a dar a conhecer estas espécies tão pouco tidas em conta, porque elas também precisam de ajuda para sobreviver.