Desde que a pandemia chegou e colocou a população mundial em xeque, vários eventos significativos foram apresentados, alguns mais midiáticos do que outros. Por exemplo, a batalha legal contra o coronavírus que eclodiu depois que um pastor alemão na cidade de Hong Kong testou fracamente positivo para a referida doença foi anunciada recentemente.
Um pastor alemão de Hong Kong dispara o alarme
Para entender um pouco mais o que aconteceu, devemos detalhar as informações fornecidas pelo South China Morning Post:
- O pastor alemão tem dois anos e é o animal de estimação de uma mulher de 30 anos, moradora da região de Pok Fu Lam, recentemente infectada pelo coronavírus.
- A preocupação foi desencadeada quando, ao serem feitos alguns exames, constatou-se que havia vestígios do vírus no focinho do animal.
- No entanto, o animal revelou-se assintomático.
- De acordo com o professor Malik Peiris, virologista especializado em saúde pública da Universidade de Hong Kong, tanto os pastores alemães quanto os pomeranos que testaram positivo para o coronavírus provavelmente foram infectados por humanos.
- Por outro lado, o virologista indica que o fato de um animal estar infectado não significa que ele tenha a doença ou apresente sintomas.
- E o que aconteceu desde então com os cães que testaram positivo para o coronavírus? Eles foram colocados em quarentena, onde permanecem sob observação.
Animais de estimação podem pegar o vírus?
Devido ao medo e boatos em torno desse tipo de notícia, o abandono de animais de estimação tem aumentado vertiginosamente. Por isso, as autoridades insistem na importância de consultar fontes oficiais e confiáveis, além de colocar em prática uma medida muito simples: em caso de dúvida, consulte um veterinário de confiança.
Além disso, é altamente recomendável apelar ao bom senso e à responsabilidade, pois são fundamentais para evitar medidas drásticas e m altratar os animais. Acima de tudo, em momentos como este.
Os especialistas da Organização Colegiada de Veterinária Espanhola (OCV) esclarecem que, no momento, não há evidências científicas que indiquem que os animais de estimação possam sofrer ou ser uma fonte de infecção por COVID-19.
É importante ress altar que existem muitas doenças próprias dos animais e que, pelo nome, estão ligadas ao coronavírus, porém, não é a pandemia que está afetando a humanidade.
Um exemplo de doenças semelhantes em animais de estimação é o conhecido coronavírus felino, que os afeta exclusivamente. Isso significa que eles não podem transmiti-lo às pessoas.
Por outro lado, os cães podem sofrer com o coronavírus canino, que, assim como o coronavírus felino, é uma doença que afeta apenas eles.
Então, os animais de estimação podem se infectar com o COVID-19 e transmiti-lo aos humanos? Não. Não há comprovação científica disso.
Também não há evidências de que esse processo possa ocorrer, mas ao contrário, ou seja, a transmissão de cães e gatos para humanos. Não há casos conhecidos em todo o mundo e a propagação ilimitada do vírus deve ser considerada.
O bom trabalho dos veterinários e divulgadores
Os veterinários não ficaram para trás quando se trata de contribuir com seu grão de areia neste estado de alarme.Muitos estão prestando seus serviços para garantir a cadeia produtiva, a segurança alimentar e o bem-estar de todos os animais, conforme indica o presidente da OCV.
Por outro lado, os divulgadores científicos e todos os profissionais da área da biologia (e outros ramos da ciência) têm contribuído em grande medida para informar a população com responsabilidade, para evitar o abandono de animais de estimação e más práticas ao cuidar deles ou limpá-los após uma caminhada pela rua.
Além de sua especialidade, a mensagem fundamental de todos os profissionais é: sanidade e tranquilidade. Não há necessidade de sucumbir a fraudes e cair em pânico. Vale lembrar que, em caso de dúvida, você sempre pode consultar um veterinário de confiança por telefone.