COVID-19 tem sido um dos maiores desafios de saúde em todo o mundo, pois além de ser bastante contagioso, as consequências de sua presença podem até ser letais. Como se não bastasse, não só os humanos correm perigo com a presença dessa doença, mas também os animais são suscetíveis a ela. Na verdade, foi relatado recentemente que um tigre no Zoológico de Ohio morreu por causa desse vírus.
A notícia foi divulgada no dia 29 de junho pelas redes sociais do Columbus Zoo and Aquarium. O referido zoológico estava encarregado de cuidar de Júpiter, um tigre siberiano macho de 14 anos (Panthera tigris altaica), vítima deste terrível evento.Continue lendo este espaço e conheça toda a sua história.
Quem era Júpiter?
Júpiter nasceu no zoológico de Moscou em julho de 2007, mas em 2015 foi transferido para o zoológico de Columbus, em Ohio, onde passou o resto de sua vida. Ela teve 9 filhotes no total, então contribuiu ativamente para o resgate de sua espécie, que está em perigo de extinção.
Este lindo tigre siberiano tinha um grande carisma que era admirado não só por seus tratadores, mas também pelas pessoas que vinham conhecê-lo. Adorava pescar, dormir e brincar com caixas de papelão, um dos materiais mais utilizados para estimular seu ambiente em cativeiro.
Embora alguns machos possam se tornar dominantes, territoriais e agressivos, Júpiter foi dócil e calmo durante quase todas as suas interações. Aliás, conviveu muito com Mara e Natasha, duas fêmeas de sua espécie que dividiam o espaço e com quem mantinha uma grande amizade.
Primeiros sintomas e consequências
Como menciona o post do Zoológico de Columbus, os primeiros sintomas de Júpiter se tornaram aparentes em 22 de junho. Durante esse dia, seus tratadores perceberam que ele relutava em comer e não queria se mexer. Além disso, ele exibia certos sinais de apatia, embora fosse encorajado a andar ou ficar de pé.
Como esses sinais continuaram, no dia seguinte ele recebeu um sedativo para que Júpiter pudesse ser examinado e diagnosticado. Inicialmente, os primeiros exames pareciam indicar que ele estava com uma infecção, então o tratamento foi seguido de acordo com a situação. Apesar disso, sua condição não melhorou e os sintomas pioraram com o tempo.
Claro, o zoológico continuou com os exames e diagnósticos para descobrir a causa do estado de Júpiter, mas a situação dele já era crítica e perigosa a essa altura.Na madrugada de 26 de junho, este lindo tigre faleceu sem que nada pudesse ser feito para salvá-lo.
De quem foi a culpa?
É normal pensar que essa situação poderia ter sido evitada ou que houve até mesmo algum tipo de descaso por parte do zoológico. Porém, antes de ser infectado pelo COVID-19, Júpiter convalescia de outras doenças que o tornavam mais vulnerável.
Normalmente, quando um animal doméstico ou silvestre é infectado pelo COVID-19, os sintomas são imperceptíveis e se recuperam por conta própria sem tratamento. Isso significa que, se a saúde de Júpiter não tivesse sido afetada por outras doenças, ele provavelmente sobreviveria à infecção sem problemas.
Como você conseguiu?
É difícil estabelecer como o tigre pegou o COVID-19, pois pode ter sido infectado por alimentos, superfícies ou mesmo outros animais. O Columbus Zoo menciona que, devido à pandemia, os trabalhadores que tiverem contato direto com os espécimes devem usar máscaras o tempo todo.Isso como forma de minimizar a possibilidade de contágio.
Não é o único caso
Em 2021, foi relatado o caso de um leão do Zoológico de Honolulu que também morreu de complicações causadas pelo COVID-19. Tal como acontece com Júpiter, este gato era suscetível devido a complicações de saúde antes da infecção. Por isso acredita-se que a doença se agravou e causou sua morte.
Existem poucos casos relatados de animais selvagens mortos por esse vírus, o que significa que o tigre de Júpiter está entre os primeiros a serem conhecidos em profundidade. Ainda há muitas dúvidas e incógnitas a serem resolvidas em relação à infecção por COVID. Por enquanto, resta confiar no andamento das investigações para obter respostas que ajudem a evitar cenários tão tristes.