Os animais podem sentir a passagem do tempo?

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Anonim

A percepção da passagem do tempo é apenas outro aspecto da evolução e sobrevivência, acreditam os cientistas. Estudos sugerem que, para uma mosca, o mundo parece se mover cerca de 7 vezes mais devagar do que para os humanos.

Animais de corpo pequeno com taxas metabólicas rápidas, como beija-flores, percebem mais informações em uma unidade de tempo. Isso significa que eles experimentam a ação mais lentamente do que animais de grande porte com metabolismos mais lentos, incluindo humanos.

Como é medida a percepção da passagem do tempo?

Lembre-se de que todas as telas de televisão, computador e cinema piscam. Para o olho humano, a luz bruxuleante dá a ilusão de imagens constantes, o que se deve às altas frequências nas quais esses monitores operam.

Então a percepção relativa do tempo – única para cada espécie – foi medida. Isso é chamado de “taxa de fusão de cintilação crítica”. Essa frequência de fusão é o ponto em que os flashes de luz parecem se fundir aos olhos do observador. Assim, uma fonte de luz objetivamente intermitente dá a ilusão de ser constante.

A percepção do tempo em humanos

Quando batemos em uma porta, os humanos percebem uma coleção de eventos simultâneos, combinando som, visão e sensação tátil. Na realidade, a informação – em suas diferentes modalidades que provém da mesma fonte – flui dentro do cérebro por diferentes vias.

Na verdade, as informações chegam aos centros de processamento em momentos diferentes. Portanto, é razoável supor que o cérebro deva acoplar controle sensório-motor e processamento de informações para que possamos perceber o “agora”.

Com base nesses fatos, na opinião de especialistas, a interpretação de diferentes modalidades sensoriais que parecem ocorrer simultaneamente requer processamento de informações característico do cérebro humano. Esse processo é o que nos dá a representação do tempo humano.

No caso de outros animais, a percepção da passagem do tempo será influenciada pela forma como seu sistema sensorial lida com as informações de posição e velocidade.

Tamanho importa

As moscas podem detectar o piscar de uma luz intermitente até quatro vezes mais rápido que os humanos. Isso explica como as moscas podem evitar serem esmagadas.

As moscas percebem nosso “tempo” como acontecendo em câmera lenta, dando a elas tempo suficiente para escapar. Claro, o tempo realmente passa na mesma velocidade.

Os olhos de Fly enviam atualizações para seu cérebro com muito mais frequência do que os olhos humanos, e seus processos de pensamento são igualmente muito mais rápidos que os nossos.

Pesquisas também sugerem que quanto menor for um animal e quanto mais rápida for sua taxa metabólica, mais lentamente ele perceberá a passagem do tempo.

Os animais estudados cobrem mais de 30 espécies, incluindo roedores, enguias, lagartos, galinhas, pombos, cães, gatos e tartarugas de couro.

Pesquisas sugerem que, em uma ampla variedade de espécies, a percepção do tempo está diretamente relacionada ao tamanho.

Estes estudos destacam a importância da percepção do tempo em animais. Na natureza, a capacidade de perceber o tempo em escalas muito pequenas pode ser a diferença entre a vida e a morte.

As vantagens de um canal de comunicação secreto

Ecologia para um organismo é encontrar um nicho onde ele possa ter sucesso e que ninguém mais possa preencher.

É fato que o registro auditivo de muitos animais permite que eles ouçam sons em espectros nos quais o ouvido humano não opera. Da mesma forma, é possível que alguns animais possam explorar as diferenças interespécies na percepção do tempo a seu favor.

Por exemplo, muitas espécies – como vagalumes e animais do fundo do mar – usam luzes piscando como sinais. É possível que espécies predadoras maiores e mais lentas sejam incapazes de decodificar esses sinais.

Se o sistema visual do predador não for rápido o suficiente, essa comunicação visual pode fornecer aos sinalizadores um canal secreto de comunicação.

Nota Final

Ainda temos muito a aprender sobre a percepção da passagem do tempo nos animais. Esses tipos de estudos sugerem que a percepção da passagem do tempo constitui uma dimensão pouco explorada, na qual os animais podem se especializar.

Mais pesquisas são necessárias para entender como os animais usam suas habilidades de câmera lenta, é possível que existam aspectos da vida animal que podem ser invisíveis aos nossos olhos.