Peixe-espada: cuidados e doenças

O peixe-espada, cientificamente conhecido como Xiphias gladius, é uma das espécies marinhas mais facilmente reconhecíveis devido à sua morfologia. No entanto, quando se trata de seus cuidados e doenças, ele passa mais despercebido.

Principais características do Swordfish

Sem dúvida, a característica marcante do peixe-espada é a morfologia de sua espada, localizada na parte superior de sua mandíbula. Ao contrário de outros peixes de bico que possuem uma seção cilíndrica em sua espada, a do Xiphias gladius é caracterizada por ser muito longa e com um perfil achatado e oval.

Embora as capturas comerciais tenham entre um e dois metros de comprimento, os exemplares comerciais podem atingir os quatro metros e ultrapassar os 500 quilos, sendo as fêmeas as que apresentam maiores dimensões.Além disso, eles se distinguem por não apresentar nadadeiras pélvicas ou escamas quando atingem a idade adulta.

O peixe-espada atinge a maturidade sexual entre o segundo e o quarto ano de vida, período em que os machos cortejam as fêmeas nadando em volta delas até fertilizarem os milhares de ovos que depositam em ninhadas sucessivas. Normalmente, a reprodução e o nascimento dos filhotes ocorrem durante os meses de junho a setembro em águas mornas.

O peixe-espada caracteriza-se pela sua grande tolerância às variações de temperatura, daí a sua ampla distribuição geográfica tanto em latitude como em profundidade. Normalmente, frequentam áreas com importantes correntes marinhas, aproximadamente entre 45º norte e 45º sul.

Alimentação e cuidados

O peixe-espada destaca-se por se alimentar de um grande número de presas e, normalmente, as altas concentrações desta espécie coincidem com a abundância de cavala, carapau, anchova, lula, polvo e, em menor escala, crustáceos e outros invertebrados.Daí a responsabilidade dos pescadores em realizar práticas de pesca responsáveis com respeito à diversidade marinha.

Além disso, destaca-se por ser um predador bastante ativo, que se guia principalmente pelo sentido da visão para realizar suas capturas. No entanto, também possui várias ameaças, incluindo tubarões, orcas e grandes cefalópodes.

No que diz respeito à regulamentação nacional e internacional sobre a atividade pesqueira desta espécie, destaca-se a decisão da ONU em 1990 de regulamentar e limitar o uso de redes de deriva com comprimento superior a 2,5 quilómetros e a proibição da sua utilização em Espanha para o atum e o espadarte pescaria. Em 2002, a UE regulamentou a proibição de redes de deriva.

Doenças

Além de possuir fauna simbionte associada, com destaque para várias espécies de rêmoras, entre as quais se destaca a Rémora brachyptera, o espadarte é suscetível à presença de um grande número de parasitas.Estes geralmente estão ligados às suas brânquias, vísceras, cavidade abdominal ou músculo, e incluem principalmente vermes, cestóides, nematóides e copépodos.

De acordo com a documentação dos pescadores, devido à sua fácil identificação, o ectoparasita mais frequente é o pertencente ao gênero Pennella. De aspecto tubular enegrecido, e com um tufo em uma das extremidades, é capaz de atravessar a musculatura até atingir as camadas mais vascularizadas das quais se nutre. A presença deste parasito é maior no Mar Mediterrâneo, podendo haver vários destes no mesmo espécime.

Nos últimos anos o alarme disparou, principalmente devido à sua implicação direta nos seres humanos: o acúmulo de mercúrio (na forma de metilmercúrio) nos tecidos desta e de outras espécies marinhas.

Este metal é tóxico para o sistema cardiovascular, rins e sistema nervoso quando encontrado em quantidades significativas. E, como o espadarte é um dos predadores nos escalões mais elevados da cadeia alimentar, existe a possibilidade de estar contaminado, colocando em risco o consumidor.

Você vai ajudar o desenvolvimento do site, compartilhando a página com seus amigos

wave wave wave wave wave